A Austrália é, juntamente com a Nova Zelândia, o país mais complexo quanto a documentações e exigências feitas para a entrada de animais.
O Brasil não está na lista dos países autorizados a enviar animais para a Austrália, sob nenhuma condição (por não ser considerado um país livre de raiva), portanto a única opção é que o animal permaneça em outro país autorizado por um período de 6 meses para naturalizar-se e que possa embarcar para a Austrália. Mesmo cumprindo todas as exigências, algumas raças não são aceitas sob hipótese alguma, são elas: dogo argentino, fila brasileiro, tosa japonês, pit bull terrier ou american pit bull, presa canário, ou qualquer mistura destas raças.
Os países autorizados são: Alemanha, Antigua e Barbuda, Antilhas Holandesas, Aruba, Áustria, Argentina, Bahamas, Bélgica, Bermuda, Ilhas Virgens Britânicas, Brunei, Bulgária, Canadá, Ilhas Cayman, Chile, Chipre, Croácia, Coréia do Sul, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Grécia, Greenland, Guam, Hong Kong, Hungria, Ilhas Malvinas, Ilhas Maurício, Ilhas Virgens Americanas, Israel, Itália, Jamaica, Kuwait, Luxemburgo, Macau, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Qatar, República Tcheca, Reunion, Sabah, Sarawak, Seychelles, St Kitts e Nevis, St Lucia, St Vincent Grenadin, Suíça, Trinidad e Tobago, Taiwan, Uruguai, Wallis e Futuna. Portanto se você quer viajar com seu animal para a Austrália, considere a idéia de deixar seu animal em um destes países (os mais utilizados são os mais próximos do Brasil, como Argentina e Chile, e também por terem vôo direto para a Austrália) durante 6 meses para que ele se qualifique para a viagem. Veja abaixo todos os procedimentos que devem ser feitos após estes 6 meses:
- – Microchip de identificação padrão internacional (deve ser feito antes de qualquer teste).
- – Cadastro do microchip junto a órgão internacional.
- – Atestado de vacinação anti-rábica (após 91 dias de idade, o animal deve ter sido vacinado duas vezes, no intervalo superior a 30 dias). Cães devem ser vacinados contra cinomose, parvovirose, para-influenza e leptospirose (vacina V8), além de Bordetella bronchiseptica (vacina Bronchishield). Gatos devem ser vacinados contra panleucopenia, rinotraqueíte e calcivirus (vacina V3).
- – Titulação de anticorpos contra a raiva em laboratório australiano autorizado.
- – O animal deve ficar 6 meses em país que consta lista de países autorizados a exportar animais para a Austrália.
- – Atestado veterinário comprovando que o animal está em condições de viajar.
- – Após a coleta de sangue, o animal deve cumprir quarentena de no mínimo 65 e no máximo 150 dias antes de viajar.
- – Cães devem realizar exames de Brucelose, Leptospirose, Ehrlichiose e Leishmaniose. O animal deve ser vermifugado neste mesmo período, já que a leishmaniose se transmite através de pulgas.
- – Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pelo Ministério da Agricultura do país em que o animal se naturalizou.
- – Uma permissão de importação deve ser requerida junto ao governo australiano, e deve ser feita reserva no centro de quarentena, correndo o risco de que o animal seja mandado de volta caso não haja.
- – O animal terá que cumprir quarentena na Austrália de no mínimo 30 (podendo ser de até 65) dias, em reclusão no centro de quarentena australiano. Quanto maior o tempo que o animal cumpriu de quarentena no país de onde veio, menor será sua quarentena na Austrália.